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I ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE

I ENCONTRO LATINO-AMERICANO DE MOVIMENTOS SOCIOESPACIAIS E SOCIOTERRITORIAIS

28 a 31 de janeiro de 2019

Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais - UNESP

Crédito de Imagens: Diógenes Rabello; Rafael Vilela/Mídia Ninja; Mário Vilela/Funai; Fernando Bizerra Jr/EPA-EFE; Fabio Reis/Página do MST. 

Todos os direitos reservados aos autores. Art. 108 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98

OBJETIVOS

Os movimentos sociais, socioespaciais e os socioterritoriais estão permanentemente presentes em nosso cotidiano, desafiando as instituições estabelecidas, lutando por direitos, territórios, espaços, terra, moradia, água, políticas, gênero, infraestrutura, defesa do meio ambiente, etc. Quais os avanços teóricos e metodológicos das ciências humanas e das políticas públicas e das ações dos movimentos da América Latina e de outros continentes para compreender a atual intensidade das ações dos movimentos e seus resultados na transformação da realidade? Promover o diálogo entre diversas áreas do conhecimento com a participação de pesquisadores de movimentos e representantes dos movimentos é o objetivo geral deste evento para conhecer as respostas desta pergunta. Entre os objetivos específicos temos as seguintes questões: a) quais os avanços teóricos e metodológicos da Geografia nos estudos dos movimentos? Quais os diálogos teóricos e metodológicos entre as diversas áreas do conhecimento? Quais as relações entre as pesquisas e as militâncias na superação das demandas dos movimentos? Quais as demandas dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais na sociedade contemporânea? Qual a relação entre as lutas dos movimentos e as políticas públicas na América Latina?

 

O crescimento do número de movimentos desafia as instituições convencionais na solução dos problemas oriundos da desigualdade. Da mesma forma os movimentos desafiam a sociedade e procuram a superação de problemas e preconceitos de todas as dimensões e matizes. Neste evento serão apresentados resultados de pesquisas concluídas e em andamento sobre movimentos indígenas, camponeses, negro, quilombola, populações tradicionais, mineração, sem-teto, sem-terra, bairros, gênero, feministas, mulheres, LGBT, saúde, agroecologia, educação, juventude e movimentos de diferentes matizes políticos. Esta diversidade contempla as pesquisas da rede internacional que tem gerado amplo conhecimento sobre este fenômeno em movimento, reivindicando mudanças sociais, políticas, econômicas, culturais, ambientais e, portanto, espaciais e territoriais.

 

Os estudos de movimentos sociais na geografia brasileira remetem às pesquisas de Josué de Castro, Manuel Correia da Andrade nas décadas de 1950 e 1960 e na década de 1980 com os trabalhos de Myrna T. Rego Viana, Ruy Moreira, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, Samira Peduti Kahil, Marcelo José Lopes da Souza, José Borzacchiello da Silva, Julia Adão Bernardes, Satiê Mizubuti e Arlete Moyses Rodrigues. Na década de 1990, houve um crescimento expressivo do número de dissertações e teses sobre o tema dos movimentos sociais que levou a Associação dos Geógrafos Brasileiros - AGB a organizar uma mesa redonda no XII Encontro Nacional de Geógrafos, em 2000, realizado na cidade de Florianópolis, com o tema “Por uma teoria geográfica dos movimentos sociais”. Nas últimas décadas, novas gerações de geógrafas e geógrafos têm estudado a diversidade de movimentos sociais a partir de métodos geográficos trazendo novas contribuições para o estudo nas Ciências Humanas.

 

A diversidade de movimentos é objeto de estudo em inúmeros programas de Pós-Graduação em Geografia, que a partir das abordagens socioespacial e socioterritorial têm produzido diversas dissertações e teses, sendo grande parte publicada em artigos e livros, promovendo uma ampla reflexão sobre a relação entre movimento, espaço e território. Esse processo de construção do conhecimento a partir das abordagens geográficas dos movimentos se relaciona com diversas ciências: sociologia, história, antropologia, ciência política, economia e ultrapassou fronteiras, dialogando com cientistas da América Latina e da Europa criando uma rede internacional de pesquisadores de movimentos no Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, México e Reino Unido. Hoje somos vinte e três universidades com mais de duas dezenas de programas de pós-graduação e contamos com o apoio do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO).

SOBRE O EVENTO

A proposição do I Encontro Latino-americano de Movimentos Socioespaciais e Socioterritoriais é resultado de um processo, de mais de trinta anos, construído por pesquisadores de movimentos que realizam pesquisas em vários países e que têm trabalhado com avanços teóricos, metodológicos e transformações das realidades. É também um espaço para o diálogo da geografia com outras áreas do conhecimento para debater sobre as contribuições teóricas e metodológicas que cada área vem construindo. 

O Evento está sendo organizado por dois programas de pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista, campus de São Paulo e campus de Presidente Prudente, pelo Programa e Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará e pelo Programa de Doutorado em Ciências Sociais da Universidade Nacional de La Plata e conta com a participação de diversos programas de pós-graduação e centros de pesquisa da América Latina. E também conta com o apoio da CLACSO e UNESCO que estão contribuindo com a divulgação do evento com apoio para a vida de estudantes de graduação e pós-graduação.

A finalidade do I Encontro Latino-americano de Movimentos Socioespaciais e Socioterritoriais é proporcionar amplo debate à rede internacional de pesquisadores a respeito da contribuição da geografia e de outras áreas do conhecimento sobre os estudos de movimentos de todos os tipos, escalas, lugares e tendências. Permitirá também conhecer o conjunto das políticas públicas que nascem das ações dos movimentos socioespaciais e socioterritoriais para o desenvolvimento territorial. Com estas atividades pretendemos contribuir com a superação do processo de criminalização dos movimentos, inclusive de preconceitos contra populações e gêneros.

O intuito dos organizadores é criar uma série de eventos em vários países para fortalecer e qualificar as pesquisas sobre movimentos e acompanhar suas ações convidando-os para o debate, aproximando as universidades da sociedade civil.

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